"O Espiritismo respeita todas as religiões e doutrinas, valoriza todos os esforços para a prática do bem e trabalha pela confraternização e pela paz entre todos os povos e entre todos os homens, independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença, nível cultural ou social. Reconhece, ainda, que “o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza”.

segunda-feira, 30 de abril de 2012


OBSESSÃO ESPIRITUAL - O que é ?



O que é obsessão? 

“ É o domínio que um espírito mau exerce sobre alguém encarnado. Esse domínio ocorre em vários graus, desde os mais leves até aqueles que vão à subjugação, podendo chegar à possessão.”- Allan Kardec.

E como ocorre a obsessão?

  “Cada mente é um verdadeiro mundo de emissão e recepção e cada qual atrai os que se lhe assemelham.” - André Luíz.

É uma questão de SINTONIA para o bem ou para o mau. Um exemplo interessante é o do rádio, optamos por AM ou FM e dentre elas sintonizamos em ondas de diferentes frequências. Assim também é nossa mente, optamos pelo BEM ou pelo MAU e dentre elas sintonizamos nas frequências negativas do medo, angústia, ansiedade, pânico, etc; ou nas frequências positivas de equilíbrio, alegria, paz, amor, etc. Então, espíritos maus (muitas vezes inimigos pessoais de outras vidas) se aproveitam nosso estado de encarnados e do nosso momento de invigilância para nos atingirmos diretamente ou nas nossas mais caras afeições. E, Deus nosso Pai, Justiça suprema e misericórdia infinita, assim permite, para aprendermos com a lei de causa e efeito, a respeitar, perdoar e fraternalmente amar nosso próximo.

O que podemos fazer?

“ Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomais sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo” – Jesus Cristo.

Mudar de faixa, exercitar pensamentos, palavras e atitudes mais dignificantes, procurar ajuda numa casa espírita séria para tratamento com passes magnéticos e água fluidificada. Em seguida, estabelecer o culto do Evangelho no Lar semanalmente junto a família e participar de atividades que nos ajudem a praticar a CARIDADE, verdadeira etiqueta do espírito. Dedicar-se a prática incessante da PRECE, fazer leituras edificantes, ouvirmos músicas com conteúdo elevado, são de suma importância. Sairemos do domínio do obsessor, mais não nos livraremos dele. É daí a necessidade de exemplificar permanentemente e persistentemente os preceitos contidos no Evangelho do Divino Mestre Jesus, para nos educarmos, fazermos nossa REFORMA ÍNTIMA, e ajudarmos na ascensão do nosso antigo algoz (e que agora nos acompanha de longe para se certificar da nossa verdadeira mudança), vigiando e orando, e assim quebrarmos os elos da corrente que nos prendem a escravidão do ódio e da falta de perdão. Não nos enganemos com mudanças aparentes e exteriores de comportamento, nosso padrão vibratório nos denuncia onde formos. A verdadeira transformação moral só é concretizada quando somos expostos novamente as tentações que nos serviram de queda e resistirmos de imediato. Devemos estar vigilantes em relação aos acontecimentos em nossa volta no mundo, mas sempre concentrados nos acontecimentos do nosso íntimo, porque estes são de intransferível responsabilidade nossa, para que possamos ser dignos de viver no novo mundo de REGENERAÇÃO que não tarda.


Leia mais sobre o assunto no livro OBSESSÃO E DESOBSESSÃO (Suely C. Shubert)

Mona Lisa

sábado, 28 de abril de 2012


  
JÓIAS DEVOLVIDAS


Narra antiga lenda árabe, que um rabi, religioso dedicado, vivia muito feliz com sua família. Esposa admirável e dois filhos queridos.
Certa vez, por imperativos da religião, o rabi empreendeu longa viagem ausentando-se do lar por vários dias.
No período em que estava ausente, um grave acidente provocou a morte dos dois filhos amados.
A mãezinha sentiu o coração dilacerado de dor. No entanto, por ser uma mulher forte, sustentada pela fé e pela confiança em Deus, suportou o choque com bravura.
Todavia, uma preocupação lhe vinha à mente: como dar ao esposo a triste notícia?
Sabendo-o portador de insuficiência cardíaca, temia que não suportasse tamanha comoção.
Lembrou-se de fazer uma prece. Rogou a Deus auxílio para resolver a difícil questão.
Alguns dias depois, num final de tarde, o rabi retornou ao lar.
Abraçou longamente a esposa e perguntou pelos filhos...
Ela pediu para que não se preocupasse. Que tomasse o seu banho, e logo depois ela lhe falaria dos moços.
Alguns minutos depois estavam ambos sentados à mesa. A esposa lhe perguntou sobre a viagem, e logo ele perguntou novamente pelos filhos.
Ela, numa atitude um tanto embaraçada, respondeu ao marido: Deixe os filhos. Primeiro quero que me ajude a resolver um problema que considero grave.
O marido, já um pouco preocupado perguntou: O que aconteceu? Notei você abatida! Fale! Resolveremos juntos, com a ajuda de Deus.
Enquanto você esteve ausente, um amigo nosso visitou-me e deixou duas joias de valor incalculável, para que as guardasse. São joias muito preciosas! Jamais vi algo tão belo!
O problema é esse! Ele vem buscá-las e eu não estou disposta a devolvê-las, pois já me afeiçoei a elas. O que você me diz?
Ora, mulher! Não estou entendendo o seu comportamento! Você nunca cultivou vaidades!... Por que isso agora?
É que nunca havia visto joias assim! São maravilhosas!
Podem até ser, mas não lhe pertencem! Terá que devolvê-las.
Mas eu não consigo aceitar a ideia de perdê-las!
E o rabi respondeu com firmeza: Ninguém perde o que não possui. Retê-las equivaleria a roubo!
Vamos devolvê-las, eu a ajudarei. Iremos juntos devolvê-las, hoje mesmo.
Pois bem, meu querido, seja feita a sua vontade. O tesouro será devolvido. Na verdade isso já foi feito. As joias preciosas eram nossos filhos.
Deus os confiou à nossa guarda, e durante a sua viagem veio buscá-los. Eles se foram.
O rabi compreendeu a mensagem. Abraçou a esposa, e juntos derramaram grossas lágrimas. Sem revolta nem desespero.
*   *   *
Os filhos são quais joias preciosas que o Criador nos confia a fim de que os ajudemos a burilar-se.
Não percamos a oportunidade de auxiliá-los no cultivo das mais nobres virtudes. Assim, quando tivermos que devolvê-los a Deus, que possam estar ainda mais belos e mais valiosos.

Do livro Quem tem medo da morte?,
 de Richard Simonetti

quinta-feira, 26 de abril de 2012


O que é Ser Espírita?

Acima: Divaldo Franco com os orfãos da Mansão do Caminho e Chico Xavier no Sopão


"Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que emprega para domar suas inclinações más". - Allan Kardec (1)

Ser espírita é ser autêntico, trabalhando na autonomia pessoal o direito à felicidade possível; é ser íntimo da alegria, num fluir contínuo de comunhão da criatura com a fonte da beleza, que é o Criador; é orar com absoluta confiança n"Ele, trabalhando com entusiasmo, agindo caridosamente, desculpando os ofensores, aplicando a bondade, a lealdade, a humildade, a compreensão e o algodão do perdão na chaga aberta por quantos nos ferem ou agem de maneira reprochável; é praticar a caridade em todos os níveis e em todas as oportunidades que se oferecem, porque "fora da Caridade não há salvação" para as nossas Almas; é saber amar o próximo, estendendo este amor até mesmo aos que nos magoam, nos ferem e são caracterizados à conta de inimigos, vez que, aquele que fere, é um doente da Alma, apartado do bem e do amor a Deus; é tolerar com paciência, as situações desagradáveis e as horas amargas, defrontadas no curso do carreiro evolutivo, não permitindo que os empecilhos se transformem em tristezas entorpecentes ou mecanismos ancilosantes que obstam nossa ação no bem com Jesus; é ser benevolente com os irmãos em Humanidade e não exigir deles qualidades que ainda não possuímos.

Quando tudo parece conspirar contra a felicidade almejada, o espírita será sempre aquele que erguerá os olhos para a face risonha da Vida que o antoja, superando o momento aziago com alegria, confiança em Deus, serenidade, bondade e amor...

O Espírita-Cristão, não carece ser na sociedade em que vive, um ser exótico, diferente dos demais, senão na consciência reta e pulcra no fiel comprimento dos deveres que lhe são próprios.

A Divina Sabedoria que rege nossos destinos, é perfeita em todos os sentidos e observando nossa condição de Espíritos Eternos, acalenta-nos em seu Amor Infinito e incondicional, preceituando para cada um de nós: saúde e não doença, conciliação e não discórdia, paz e não desequilíbrio, tolerância e não intransigência, alegria e não tristeza, esperança e não desânimo, perdão e não ressentimento, êxito e não fracasso, coragem e não fraqueza, fé e não medo destrutivo, disciplina e não desordem, progresso e não atraso.

A Doutrina de Jesus, se resume toda no amor e nos ensina a caridade, a justiça, a humildade, a paciência, a abnegação, o perdão e a resignação dinâmica que sabe agir no momento certo, jamais se amolentando na indiferença ou no desânimo...

O perdão oferecido pelo verdadeiro espírita, é aquele que brota das mais profundas anfractuosidades do coração e faz olvidar por completo as ofensas recebidas.

Os Espíritos amigos exoram:

"Pregai, exemplificando, a Caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou, substituindo a cólera que conspurca pelo amor que edifica; sede probos, leais e conscienciosos, fazendo sempre aos outros o que quereis que vos façam; amai sem escravizar-vos e sem escravizar".

Espiritismo!... Que além de ser Ciência, Filosofia e Religião, é também poesia!...

"Felizes dos que te conhecem e tiram proveito de seus ensinos!..."

(1) Kardec, A. in "O Evangelho segundo o Espiritismo" - Capítulo XVII, item 4 § 5

***

Ser Espírita

(José Fuzeira)

Ser espírita é ser clemente
É ter a alma de crente,
Sempre voltada pro bem.
Ensinar ao que erra,
A viver sempre na Terra,
Sem fazer mal a ninguém.

É ter sempre por divisa
O amor que suaviza
O pranto, a dor, a aflição...
É fazer a caridade!
É amparar a orfandade,
Livrando-a da perdição

É crer em Deus e ter crença
Na Sua bondade imensa.
É guardar sempre em mente
Os conselhos de Jesus;
E encaminhar toda a gente,
Como esse facho de luz.

É perdoar a injúria,
É suavizar a penúria
Daquele que não tem pão.
É tornar-se complacente,
E ao inimigo insolente,
Responder com o perdão.

É amar a Deus e nossa cruz,
Carregar, com Jesus;
Para que em nossa aflição,
A alma suba às alturas,
Embora o corpo em torturas,
Esteja rolando no chão.

É estimar os animais...
Pois, embora irracionais,
Sentem dor e aflição.
E até o seu olhar
Tem a expressão singular,
De Almas em formação.

terça-feira, 24 de abril de 2012


Necessidade da caridade - Segundo S. Paulo


Ainda quando eu falasse todas as línguas dos homens e a língua dos próprios anjos, se eu não tiver caridade, serei como o bronze que soa e um címbalo que retine; — ainda quando tivesse o dom de profecia, que penetrasse todos os mistérios, e tivesse perfeita ciência de todas as coisas; ainda quando tivesse a fé possível, até o ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. — E, quando houver distribuído os meus bens para alimentar os pobres e houvesse entregado meu corpo para ser queimado, se não tivesse caridade, tudo isso de nada me serviria.

A caridade é paciente; é branda e benfazeja; a caridade não é invejosa; não é temerária, nem precipitada; não se enche de orgulho; — não é desdenhosa; não cuida de seus interesses; não se agasta, nem se azeda com coisa alguma; não suspeita mal; não se rejubila com a injustiça, mas se rejubila com a verdade; tudo suporta, tudo crê, tudo espera, tudo sofre.


Agora, estas três virtudes: a fé, a esperança e a caridade permanecem; mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (1ª Coríntios 13:1-7 e 13)


Baseado no Evangelho segundo o espiritismo cap. XV ítem 6 e 7.

Mona Lisa

domingo, 22 de abril de 2012


Se o Espiritismo é falso, porque os cientistas atestaram-no como verdadeiro?

 A  existência de algo além da matéria já é conhecida pelo homem desde eras remotas, mesmo assim, era tido apenas como crendice popular, mito ou simplesmente sobrenatural. Foi necessário que a humanidade chegasse a um ponto de desenvolvimento para que através de metodologias científicas comprovassem os Fenômenos Espíritas trazendo a luz da razão à naturalidade dos fatos. segue abaixo o que os cientistas comentaram, disseram e escreveram sobre as comunicações dos espíritos.


Importante ressaltar que todos eles antes de tudo, não tinham e não acreditavam em comunicação com o "mundo espiritual", ou sua existência, somente depois de muita pesquisa é que concordaram com a existência do plano além matéria.
  
WILLIAN CROOKES
Coube a Willian Crookes, o célebre físico inglês, chamar a atenção de toda Europa racionalista para a realidade dos factos espíritas.
Muitos esperavam de suas investigações uma condenação irrevogável e humilhante.
Todavia o veredito do eminente sábio foi favorável.
A Inglaterra cética assustou-se com as certezas obtidas dentro do mais severo método científico e cercadas de prudência extrema.
Afinal, era preciso aceitá-las, porque Crookes pesquisou com frieza, observou pacientemente, fotografou, provou, contraprovou e rendeu-se!

Em seu dicurso de posse na presidência da British Association for the Advacement of Science (Associação Britânica pelo Avanço da Ciência), no ano de 1898 afirmou:

"Já se passaram trinta anos desde que publiquei um relatório dos experimentos tendentes a mostrar que fora de nosso conhecimento científico existe uma Força utilizada por inteligências que diferem da comum inteligência dos mortais ... Nada tenho a me retratar. Confirmo minhas declarações já publicadas. Na verdade, muito teria que acrescentar a isto". (Crookes, 1898).

E numa entrevista na The International Psychic Gazette, em 1917, ele repetiu:

"Nunca tive jamais qualquer ocasião para modificar minhas ideias a respeito. Estou perfeitamente satisfeito com o que eu disse nos primeiros dias. É absolutamente verdadeiro que uma conexão foi estabelecida entre este mundo e o outro". (Fodor, N. - Encyclopaedia of Psychic Science, U.S.A.: University Books, 1974, p.70).

  • CROOKES, William. Recherches sur les phenomenes du spiritualisme. Paris: Ed. de la B.P.S., 1923.
  • CROOKES, William. Spiritualist (30 de Março de 1874) 
  • CROOKES, William. Researches on Spiritualism (1875)


ALFRED RUSSEL WALLACE

A. Russel Wallace, físico naturalista, considerado rival de Darwin, confessa: "Eu era um materialista tão convencido, que não admitia absolutamente a existência do mundo espiritual.
Os factos, porém, são coisas pertinazes. Eles me obrigam a aceitá-los como fatos".

Em 1864, antes que Darwin tivesse abordado publicamente o assunto—apesar de outros o terem—Wallace publicou um artigo, The Origin of Human Races and the Antiquity of Man Deduced from the Theory of 'Natural Selection' (A Origem das Raças Humanas e a Antiguidade do Homem Deduzidos da Teoria de "Seleção Natural"), aplicando a teoria à Humanidade. Wallace tornou-se a seguir um espiritualista e, mais tarde, argumentou que a seleção natural não poderia justificar o gênio matemático, artístico ou musical, nem contemplações metafísicas, a razão ou o humor, e que algo no "invisível universo do Espírito" tinha intercedido pelo menos três vezes na história:
  1. A criação da vida a partir da matéria inorgânica.
  2. A introdução da consciência nos animais superiores.
  3. A geração das faculdades acima-mencionadas no espírito humano.
Ele também acreditava que a razão de ser do universo era o desenvolvimento do espírito humano (ver Wallace (1889). Essas concepções muito perturbaram Darwin ao longo de sua vida, argumentando ele que apelos espirituais eram desnecessários e que a seleção sexual podia facilmente explicar esses fenômenos aparentemente não adaptativos.

Em 1865, Wallace investigou os fenômenos das mesas girantes ainda tão em voga na Europa; a mediunidade de Mr. Marshall, de Mr. Cuppy e outras, afirmando mais tarde que as comunicações com espíritos "são inteiramente comprovadas tão bem como quaisquer fatos que são provados em outras ciências".
  • Wallace, Alfred Russel (1865). Miracles and Modern Spiritualsm
  • Wallace, Alfred Russel (1889). Darwinismo

 
CROMWELL F. VARLEY

Eminente físico, descobridor do condensador elétrico, estabeleceu, por meio do cabo submarino, as comunicações entre a Inglaterra e os Estados Unidos.

Quando caía em transe mediúnico, tinha visões. Produzia, também, curas; tratou de sua própria esposa de enfermidade refratária à terapêutica usual.

Foi Varley quem idealizou e preparou os aparelhos elétricos que serviram para as experiências de Crookes com a médium Florence Cook e Daniel D. Home.

"O ridículo que os espíritas têm sofrido não parte senão daqueles que não tem tido o interesse científico e a coragem de fazer algumas investigações antes de atacarem aquilo que ignoram." - Cromwel Varley


 
ÓLIVER LODGE

Óliver Lodge, membro da Academia Real, físico responsável, declara: 

"Não viemos anunciar uma verdade extraordinária; nenhum novo meio de comunicação trazemos, apenas uma coleção de provas de identidade cuidadosamente colhidas.

Digo "provas cuidadosamente colhidas", pois que todos os estratagemas empregados para sua obtenção foram postas em prática e não fiquei com nenhuma dúvida da existência e sobrevivência da personalidade após a morte".

Nasceu a 12 de junho de 1851, em Penkhull, Inglaterra. Educado no Grammar School de Newport e no University College de Londres, foi um dos mais reputados físicos da época. Fez importantes investigações sobre a sede da força eletro-motiva na célula voltaica, sobre as ondas eletromagnéticas e a telegrafia sem fio. Ganhou fama mundial como inventor, tendo contribuído grandemente para o desenvolvimento da eletricidade.

Somente após os cinqüenta anos de idade, é que Lodge voltou sua atenção para as manifestações psíquicas, tendo dado inestimável testemunho da sobrevivência e da comunicação dos Espíritos.
Em sua obra "Porque eu Creio na Imortalidade Pessoal", declara ele:

"A prova da identidade pessoal está, assim, grandemente estabelecida, de maneira séria e sistemática, pelo exame crítico dos investigadores e, sobretudo, pelos esforços especiais e inteligentes dos comunicantes do além.
Para mim, a evidência é virtualmente completa, e não tenho nenhuma dúvida da existência e da sobrevivência da personalidade, como não a teria sobre a dedução de qualquer experiência ordinária e normal."

Deixou escritas inúmeras obras, dentre as quais destacamos as seguintes: "Formatura do Homem", "Raimundo" e "Porque eu Creio na Imortalidade pessoal".



WILLIAN BARRET
Nasce em 10/02/1845, na ilha da Jamaica, Sir William Fletcher Barret. Físico estudioso dos fenômenos psíquicos, foi presidente da Sociedade de Investigações Psíquicas de Londres. Professor de Física do "Royal College of Science for Dublin" e fundador da "Society for Psychical Researches", de Londres.

No seu livro "Nos Umbrais do Invisível" declarou:

"Estou absolutamente convencido de que a ciência psíquica provou experimentalmente a existência de uma entidade transcendental e imaterial do homem: a alma."

Sir William Barret estudou os fenômenos espíritas por longos anos, afirmando que as conclusões a que chegou não foram frutos de um exame rápido e superficial e sim de um estudo realizado durante quarenta anos.

 "É evidente a existência de um mundo espiritual, a sobrevivência depois da morte e a comunicação ocasional dos que morreram. Ninguém, dos que ridicularizam o Espiritismo, lhe concedeu, que eu saiba, atenção reflectida e paciente. Afirmo que toda pessoa de senso que consagrar o seu estudo, prudente e imparcial, tantos dias ou mesmo tantas horas, como muitos de nós tem consagrado anos, será constrangido a mudar de opinião." - William Barret

 


FREDERICO MYERS

 
Frederico Myers, da sociedade Real de Londres: "Pelas minhas experiências convenci-me de que os pretendidos mortos se podem comunicar connosco e penso que, para o futuro, eles poderão fazê-lo de modo mais completo".


Professor da Universidade de Cambridge, publicou "A Personalidade Humana", "Modern Spiritualism" além de uma série de estudos narrando fatos que se verificaram durante suas pesquisas no campo da fenomenologia espírita.

 


AUGUSTUS DE MORGAN
Foi secretário da Real Sociedade de Londres e presidente da Sociedade de Matemática de Londres.
Em uma de suas obras declarou:

"Estou absolutamente convencido de que tenho visto e ouvido, em condições que tornam a incredulidade impossível, fenômenos chamados espíritas, que nenhum ser racional poderá explicar pela impostura, coincidência ou erro".

Publicou: "From Matter to Spirit".




ERNESTO BOZZANO
Nasceu em 1862, em Gênova, Itália. Professor da Universidade de Turim, foi, antes de se converter ao Espiritismo, materialista, cético, positivista.

Mais tarde, dedicou-se aos estudos espíritas orientado por guia espiritual essencialmente científico, o que fez com que Bozzano formasse sua base no terreno puramente empírico.

Na sua obra "Fenômeno de Bilocação", afirma ele:

"Os fundamentos do saber humano passarão da concepção materialista do Universo à concepção espiritualista do ser, com as conseqüências filosóficas, sociais, morais e religiosas, que dela decorrem..."

Escreveu mais de trinta e cinco obras, todas de caráter científico. Dentre elas citamos "A Crise da Morte", "A Hipótese Espírita e as Teorias Científicas", "Animismo ou Espiritismo", "Comunicações Mediúnicas Entre Vivos", "Pensamento e Vontade", "Fenômeno de Transfiguração", "Metapsíquica Humana", "Os Enigmas da Psicometria", "Fenômenos de Telestesia", etc.

"Afirmo, sem receio de erro, que, fora da hipótese espírita, não existe nenhuma outra capaz de explicar os casos análogos ao que acabo de expor". - Ernesto Bozzano


JULIAN OCHOROWICZ
Exerceu a cátedra na Universidade de Lemberg.

Ochorowicz foi um pioneiro da pesquisa empírica em psicologia, e estudos realizados em ocultismo, espiritismo, hipnotismo e telepatia.

Foi uma grande contemporâneo de Allan Kardec, e participante ativo nos estudos sobre o Espiritismo. Comprovou que existe afora do que chamamos de matéria um princípio espiritual a que chamamos de espírito. Que o ser humano vai além dos 5 sentidos que conhecemos usualmente.

A mediunidade de Stanislawa Tomczyk foi descoberta por Ochorowicz. Em suas experiências com ela, ele alcançado notável sucesso em levantar objetos pequenos e de suspensão no ar, sem contato com suas mãos.

Na Itália, teve oportunidade de constatar os extraordinários fenômenos produzidos por Eusápia Paladino. Declarou na "Gazeta Semanal Ilustrada", o seguinte:

"Quando me recordo de que, numa certa época, eu me admirava da coragem de William Crookes em sustentar a realidade dos fenômenos espíritas; quando reflito, sobretudo, que li as suas obras com o sorriso estúpido que iluminava a fisionomia dos seus colegas, ao simples enunciado destas coisas, eu coro de vergonha por mim próprio e pelos outros."
  



CHARLES RICHET
Nasceu em Paris em 1850, aos 37 anos de idade foi nomeado lente catedrático de Filosofia da Faculdade de Medicina de Paris.

Richet, no campo científico, foi um verdadeiro gênio: além de fisiologista de renome internacional, foi o descobridor da soroterapia.

Depois de se ocupar com os fenômenos chamados supra-normais, porém deixando de lado a parte doutrinária oriunda destes, criou a Metapsíquica, que definiu como sendo uma "ciência que tem por objeto fenômenos mecânicos ou psicológicos, devido a forças que parecem inteligentes, ou a poderes desconhecidos, latentes na inteligência humana".

Suas principais obras são: "Tratado de Metapsíquica", "A Grande Esperança", "O Sexto Sentido", "A Porta do Mistério", "O Homem e a Inteligência", além de outras de caráter científico.

"Temos lido e relido, estudado e analisado as obras que foram escritas sobre o assunto, e declaramos enormemente inverossímel e mesmo impossível que homens ilustres e probos como W. James, Chiaparelli, Meyrs, Zollner, de Rochas, Ochorowicz, Morselli, William Barrett, Gurney, Flammarion e tantos outros se tenham deixado, todos, por cem vezes diferentes, apesar de sua ciência, apesar de sua vigilante atenção, enganar por fraudadores e que fossem vítimas de uma espantosa credulidade.

Eles não poderiam ser todos e sempre bastante cegos, para não se aperceberem de fraudes que deveriam ser grosseiras; bastante imprudentes para concluir, quando nenhuma conclusão era legítima; bastante inábeis para nunca, nem uns nem outros, fazerem uma só experiência irreprochável. " A priori", suas experiências merecem ser meditadas seriamente."
-
Charles Richet



GUSTAVO GELEY

Cientista exigente, director do Instituto Metapsíquico de Paris, e profundo psiquista de poderosa inteligência, nasceu a 14 de julho de 1924 e faleceu em virtude de um desastre de avião, quando viajava de Varsóvia a Paris. Era médico em Nancy, tendo abandonado a carreira para dedicar-se ao estudo dos fenômenos metapsíquicos. Fundou o Instituto Metapsíquico Internacional de Paris, do qual foi diretor. Fez inúmeras experiências sobre materializações, notadamente na obtenção de moldagens em gesso de mãos ectoplásmaticas.

Na sua obra "Do Inconsciente ao Consciente", diz ele:

"Para o homem suficientemente evoluído, a morte faz romper o círculo restrito no qual a vida material tinha encerrado uma consciência que transbordava – círculo da profissão, círculo da família, círculo da Pátria. O ser se encontra transportado além das lembranças habituais, dos amores e dos ódios, das paixões e de hábitos... Na cadeia das existências uma vida terrena não tem mais importância relativa que um dia no curso dessa existência."

Outros depoimentos:
 
 "É preciso confessar que os espiritistas dispõem de argumentos formidáveis. O espiritismo só admite factos experimentais com as deduções que eles comportam." -
Geley

"Os fenômenos espíritas estão solidamente estabelecidos pelo testemunho concordante de milhares e milhares de pesquisadores. Foram fiscalizados, com todo rigor dos métodos experimentais, por sábios ilustres de todos os países. Sua negação pura e simples equivale hoje a uma declaração de falência". - Geley

Mona Lisa

sexta-feira, 20 de abril de 2012


A Prece é uma força em nossa vida



            A principal obra da doutrina espírita dedica um capítulo especial à lei de adoração e à prece, definindo esta como um legítimo ato de adoração ao Criador da vida, o qual tem para nós, seres humanos, uma importância muito grande e bem superior à que geralmente imaginamos. “Orar a Deus – ensina o Espiritismo – é pensar n’Ele; é aproximar-se d’Ele; é pôr-se em comunicação com Ele.”   -  (“O Livro dos Espíritos”, item 659.)

            Ensinada por Jesus e pelos Espíritos Superiores, a prece é uma manifestação da alma em busca da Presença Divina ou de seus prepostos; é uma conversa com o Criador ou com seus emissários e, por isso, deve ser despida de todo e qualquer formalismo.

            A prece não pode ser paga, porque “é um ato de caridade, um lance do coração". A prece deve ser secreta, não precisa ser longa e deve ser antecedida do ato do perdão. A prece deve ser espontânea, objetiva, robusta de sentimentos elevados, que precisam ser cultivados sempre, porque não aparecem como por encanto só nos momentos de oração.

Requisitos da prece - A forma da prece nada vale, mas sim o conteúdo. A atitude daquele que ora é íntima, eminentemente espiritual. Atitudes convencionais, posição externa e rituais são vestes dispensáveis ao ato de orar. Pela força do pensamento, após estarmos concentrados, procuramos traduzir nossa vontade com o melhor dos nossos sentimentos por uma prece, que não deve ser formulada segundo um esquema pré-fabricado. A prece deve traduzir o que realmente estamos sentindo, pensando e querendo naquele momento, de uma forma precisa, sem que isso constitua uma repetição de termos que, na maioria das vezes, são ininteligíveis para quem os profere.

           A prece deve ser o primeiro ato no nosso retorno às atividades de cada dia e, por isso, precisa ser cultivada diariamente, outro requisito essencial é o esquecimento e o perdão que devemos conceder aos que nos tenham prejudicado. Jesus recomenda reconciliar-nos com os adversários, antes de orarmos.

Mecanismo e tipos de prece - O mecanismo da prece é este: estamos engolfados no fluido universal que ocupa o espaço. Esse fluido, que é o veículo do pensamento, recebe a impulsão da vontade. Quando o pensamento é dirigido a um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de um encarnado a um desencarnado, ou vice-versa, estabelece-se uma corrente fluídica que liga um e outro. É dessa maneira que os Espíritos podem ouvir-nos o apelo e transmitir, pelas vias do pensamento, sua resposta.

Como se sabe e a experiência comprova, os Espíritos podem não apenas ler, mas, de certa forma, ouvir nossos pensamentos. Não é preciso dizer que, com relação aos desencarnados, é vã toda tentativa de iludi-los, porque o que nos vai na alma não lhes pode ser ocultado.

Três coisas podemos fazer por meio da prece: louvar, pedir e agradecer (O Livro dos Espíritos, item 659). Louvar é reconhecer e enaltecer a Deus por tudo o que Ele criou. Significa aceitar com alegria tudo o que nos rodeia, que, no tocante à participação do Senhor em nossa vida, é sempre justo, equilibrado e perfeito. 


As boas ações constituem a melhor prece

Nas questões 658 a 666 de “O Livro dos Espíritos”, de Allan Kardec, os imortais fizeram revelações importantes a respeito da prece. Eis sinteticamente o que eles nos ensinam:
1) A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração. É, assim, preferível ao Senhor a prece vinda do íntimo à oração lida, por mais bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração.
          2) A prece é um ato de adoração, com o qual podemos propor-nos três coisas: louvar, pedir, agradecer.
            3) A prece torna melhor o homem, porque aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assisti-lo.
4) O essencial não é orar muito, mas orar bem. Existem pessoas, no entanto, que supõem que todo o mérito está na longura da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. Essas criaturas fazem da prece uma ocupação, um emprego do tempo, nunca um estudo de si mesmas.
5) Podemos pedir a Deus que nos perdoe as faltas, mas só obteremos o perdão mudando de proceder, porque as boas ações são a melhor prece e os atos valem mais que as palavras.
6) As provas por que passamos estão nas mãos de Deus e há algumas que têm de ser suportadas até o fim; mas Deus leva sempre em conta a resignação. A prece traz para junto de nós os bons Espíritos, que nos dão a força de suportá-las corajosamente.
7) A prece nunca é inútil, quando bem feita, porque fortalece aquele que ora.
8) A prece não pode ter por efeito mudar os desígnios de Deus, mas a alma por quem oramos experimenta alívio e sente sempre um refrigério quando encontra pessoas caridosas que se compadecem de suas dores.
9) Pode-se orar pelos Espíritos e aos bons Espíritos, porque estes são os mensageiros de Deus e os executores de suas vontades. O poder deles está, porém, relacionado com a superioridade que tenham alcançado e dimana sempre do Senhor, sem cuja permissão nada se faz.

O mundo necessita como nunca de orar
            
          Fisiologista e cirurgião francês, o dr. Alexis Carrel (1873-1944), laureado com o Prêmio Nobel de Medicina de 1912, notabilizou-se não apenas por suas experiências sobre enxerto de tecidos e de órgãos e sua sobrevida fora do corpo, mas também por suas obras filosóficas, dentre as quais se destaca “O homem, esse desconhecido”, best-seller na América do Norte em 1935.

          Em fevereiro de 1942, a revista Seleções do Reader’s Digest revelou outra faceta do grande médico e pensador: sua fé em Deus e sua crença no valor incomensurável da oração, que ele define como sendo “uma invisível emanação do espírito de adoração do homem, a forma de energia mais poderosa que ele é capaz de gerar”.

          Eis, resumidamente, o que diz sobre a prece o notável médico francês:

1) A prece marca com os seus sinais indeléveis as nossas ações e conduta.
           2) A oração é uma força tão real como a gravidade terrestre. A influência da prece sobre o corpo e sobre o espírito humano é tão suscetível de ser demonstrada como a das glândulas secretoras.
          3) Muitos enfermos têm-se libertado da melancolia e da doença graças à prece. É que, quando oramos, ligamo-nos à inexaurível força motriz que aciona o universo e, no pedir, nossas deficiências humanas são supridas e erguemo-nos fortalecidos e restaurados.
          4) Não devemos, no entanto, invocar Deus tendo em vista meramente a satisfação dos nossos desejos. Maior força colhemos da prece quando a empregamos para suplicar-lhe que nos ajude a imitá-lo.
            5) Toda vez que nos dirigimos a Deus, melhoramos de corpo e de alma. Não tem, porém, sentido orar pela manhã e viver como um bárbaro o resto do dia.
           6) Hoje, mais do que nunca, a prece é uma necessidade inelutável na vida de homens e povos. É a falta de intensidade no sentimento religioso que acabou por trazer o mundo às bordas da ruína.
 

Poema da Gratidão - Divaldo Franco (Amélia Rodrigues)